Capão Bonito, 21 de outubro de 2024

Comportamento

Músico trabalha pela valorização da cultura local

Comportamento

Músico trabalha pela valorização da cultura local

Com veia artística herdada de seu avô Ataliba Mendes, o músico capão-bonitense, Paulo Renato do Carmo Mendes Honorato, 31 anos, vem se destacando em Capão Bonito pelas atividades junto a Banda Marcial, na presidência do Conselho da Cultura e também por sua atuação no Departamento Municipal de Cultura, apoiado pelo atual prefeito Marco Citadini.

Desde 1997 empenhado em atividades musicais, Paulo ressalta a herança artística do avô. “Meu avô, Ataliba Mendes, foi um grande músico de Capão Bonito e, embora eu não o tenha conhecido, herdei dele o dom musical. Minhas primeiras experiências musicais foram na antiga fanfarra do colégio Sacre Coeur, onde era um dos integrantes da ala de percussão. Em seguida fui me interessando cada vez mais pela música e por instrumentos de sopro, como o trompete, e a partir de então, descobri essa grande paixão”, revelou.

Focado na música, Paulo fez seu primeiro curso voltado à oficina do extinto “Pró Bandas”, promovida pelo tradicional e reconhecido Conservatório Dramático e Musical Dr Carlos de Campos de Tatuí. Em 2000, ganhou uma nova oportunidade na Banda Marcial de Ribeirão Grande e o estilo de “bandas marciais” nunca mais saiu de sua vida artística. “Naquela época a Banda de Ribeirão Grande era muito forte. Um dos principais resultados que conquistamos foi a 3ª colocação no Campeonato Sul Americano, disputado em Taubaté no ano de 2004”, lembrou.

Ainda no início dos anos 2000, se qualificou através de cursos como o de Música MPB Jazz e Trompet, também em Tatuí, e de Regência na cidade de Itapetininga. Em 2004, teve o privilégio de se tornar um dos fundadores da Banda Marcial Corpo de Bombeiros Voluntários de Capão Bonito, levando o nome de sua cidade natal para todo o país com apresentações memoráveis, incluindo a de Macaé, no Rio de Janeiro, onde rendeu o título de vice-campeã brasileira à corporação capão-bonitense. “A banda fez muito sucesso na época, e era conhecida como o Furacão do Sudoeste Paulista. Conquistamos muitos títulos e premiações, com destaque para o vice-campeonato brasileiro de bandas, em Macaé-RJ”, ressaltou.

Um dos principais desafios de sua carreira surgiu no final do ano de 2007, quando foi convidado pelo ex-prefeito Junior Tallarico para assumir a regência da Banda Marcial de Capão Bonito. Paulo Honorato adotou e implantou um novo estilo à agremiação musical, priorizando as técnicas musicais e contribuindo para a formação cultural de seus integrantes. “Tive autonomia para adotar um novo estilo. Reformulei a Banda e implantei mais téncicas musicais nos ensaios e apresentações, criando uma espécie de orquestra de rua, com corpo musical e coreográfico, incluindo também músicas populares brasileiras. Como regente, destaco o título do Campeonato Aberto de Bandas e Fanfarras de Arujá na categoria Banda Show, que foi em nível nacional”, falou.

Além da atuação em Capão Bonito, também participou da composição das bandas de Salto de Pirapora e de Taubaté. “Com a Banda Marcial de Salto de Pirapora fui campeão estadual pela Federação Paulista e campeão nacional pela Confederação Nacional, ambos na categoria juvenil. Já com a Fanfarra Municipal de Taubaté cheguei ao auge profissional ao participar do Campeonato Mundial nos Estados Unidos, pois estava entre as melhores bandas do mundo e trabalhei com Rogério Brito, que é uma referência na regência de bandas. Ficamos na segunda colocação no geral, foi uma grande experiência”, relatou.

A experiência musical de Paulo Honorato na condução de bandas em Capão Bonito e região, o colocou como um dos responsáveis pelo Departamento de Cultura da cidade, ao lado do também músico Renato Heber, e à presidência do Conselho Municipal de Cultura.

Foi um dos responsáveis pela criação da Virada Cultural de Capão Bonito e de outros projetos que estão ganhando os aplausos do público como o Música na Praça e a retomada do festival mais importante da cidade, o FIMA. “No setor cultural, atualmente sou o presidente do Conselho Municipal de Cultura, e venho trabalhando pela reativação e valorização da cultura local, com projetos como a Virada Cultural, o Festival Sertanejo na zona rural – que há anos não acontecia -, a volta do FIMA e o diálogo com os artistas locais. Nosso trabalho é sempre voltado para elevar o nome de Capão Bonito”, finalizou.

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